Tratando-se
de tecnologias na atualidade, a presença das mesmas no cotidiano familiar tem
se tornado cada vez mais forte. Muitos jovens, ao acordar, a primeira coisa que
fazem é checar suas redes sociais, responder mensagens, para depois seguir com
sua rotina cotidiana, que por sinal envolve, quase que totalmente, as
tecnologias, já que as mesmas estão por toda parte.
No
ambiente escolar os alunos, que tem uma rotina totalmente ligada às tecnologias
(TV, internet, celular, tablet, entre outros...), se deparam com um ambiente
totalmente diferente com o que estão habituados em casa. Segundo Valente
(2003), “para alguns estudantes é muito complicada essa freada brusca e sua
natural agitação acaba sendo vista como indisciplina, tornando assim ainda mais
difícil a atividade docente” (VALENTE, 2003, sp).
Este
é um dos momentos onde fica clara a necessidade de mudança no sistema de
ensino. É necessário encontrar formas de cativar o aluno, e assim despertar a
vontade dos mesmos de estar presente “de corpo e alma” no ambiente escolar. É necessária
vontade de ensinar e interesse por aprender, por parte tanto do professor como
também do aluno.
Muitos
docentes se fecham a ideia de “atualização” no modo de ensino, muitas vezes por não conhecer acabam discordando e não se abrindo para novas possibilidades. Há também os docentes que “acham bonito”, conhecem, porém não
utilizam. E (para nossa sorte) há aqueles que realmente aderem a ideia,
trazendo para sala de aula atividades que despertam o interesse dos alunos,
adaptando os métodos de ensino à realidade dos mesmos, neste caso não a realidade
econômica ou do lugar onde vivem (o que também pode sim ser abordado), mas sim
a realidade tecnológica, os meios que o aluno usa no dia-a-dia para estar
conectado.
Os
professores recém formados já ingressam no ambiente escolar com este papel a se
cumprir. Por “sair do forno” agora, os mesmo já vêm da graduação com uma visão
diferente dos demais que já tem uma extensa carreira. Além de que, grande parte destes também fazem
parte desta geração que é ligada a tecnologia.
Não
se trata de liberar o uso dos celulares, tablets e afins em sala de aula, mas
sim de incentivar o uso destas tecnologias de maneira “correta”. O professor
como mediador de ensino deve mostrar os diferentes meios que estão disponíveis
para uma pesquisa, as diferentes formas que um conteúdo pode ser abordado, os
diferentes aplicativos educacionais que são disponibilizados. Trata-se de criar
uma ponte entre o uso das tecnologias e o ensino, é ligar uma a outra para
assim alcançar os resultados esperados da melhor forma possível.
Referência:
VALENTE, Vânia. Comunicação e Educação: Práticas Vertentes, 2003
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