A grande maioria do corpo docente é
composto por mulheres. Entretanto, quando falamos de pensadores da Educação,
aquelas pessoas que têm um nome de peso nos estudos da área, a realidade se
inverte pois tendemos a citar apenas homens, como Paulo Freire, Jean Piaget,
Lev Vygotsky...
No entanto, as mulheres deram e continuam
dando muitas e grandes contribuições para pensar e transformar a Educação. Abaixo, vou citar algumas educadoras que são
exemplos para professoras e estudantes de muitas áreas de todo o mundo.
Anne Sullivan
Devido a um problema de saúde, a
educadora americana Anne Sullivan (1866-1936) perdeu a visão quando criança.
Aos 20 anos, após se formar, foi contratada como professora particular de Helen
Keller, garota cega e surda que nunca tinha recebido nenhum tipo de educação
formal da família. Através do tato, ela ensinou a menina a reconhecer objetos e
associá-los a palavras. Com a ajuda de Anne, Helen conseguiu aprender inglês,
francês, alemão, ficou proficiente em braile e em linguagem de sinais na palma
da mão. Além disso, Helen se formou em Filosofia, se tornou ativista política e
publicou 12 livros. Se você quiser saber mais sobre a história dessas duas
mulheres, vale muito a pena assistir ao filme O Milagre de Anne
Sullivan.
Dorina Nowill
A educadora Dorina Nowill (1919-2009)
perdeu a visão aos 17 anos. Ela foi a primeira aluna cega a frequentar um curso
regular na Escola Normal Caetano de Campos, no centro de São Paulo, onde se
formou como professora. Posteriormente, se especializou em Educação de cegos na
Universidade de Columbia, em Nova York. Em 1946, criou a Fundação para o Livro
do Cego no Brasil e, em 1948, fundou a primeira imprensa Braille em grande escala do país, que imprimia livros
didáticos e outros documentos. Dorina também dirigiu a Campanha Nacional de
Educação de Cegos, do Ministério da Educação e Cultura (MEC), que criou os
primeiros serviços de Educação de cegos no país e também lutou pelas aberturas
de vagas para pessoas com deficiência visual no mundo do trabalho.
Marie Curie
A cientista polonesa Marie Curie (1867-1934)
se formou em Matemática e Física, na Universidade de Sorbonne, na França. Com
seu marido, Pierre Curie, descobriu os elementos químicos Polônio (nome dado em
homenagem ao seu país) e Rádio, iniciando as primeiras pesquisas sobre
radioatividade (termo criado por ela mesma). As pesquisas de Marie Curie foram
tão relevantes que, em 1903, ela recebeu o Prêmio Nobel de Física e, 8 anos
depois, o de Química. Ela foi a primeira mulher a ganhar o Nobel e a primeira
pessoa a recebê-lo duas vezes.
Além dos estudos sobre Física e Química,
Marie Curie era professora e começou a lecionar aos 18 anos. Entre as
instituições em que deu aula, estava uma universidade considerada ilegal por
desafiar as políticas de repressão impostas pelo Império Russo e frequentada
principalmente por mulheres impedidas de estudar. Segundo suas alunas, Marie
dava a elas oportunidades que, na época, eram restritas apenas aos alunos, como
visitas a laboratórios de pesquisa e contato com equipamentos de experimentos.
Texto desenvolvido com base em:
https://novaescola.org.br/conteudo/4794/7-mulheres-que-mudaram-a-educacao?utm_source=tag_novaescola&utm_medium=facebook&utm_campaign=mat%C3%A9ria&utm_content=link
Feliz dia da mulher
para você que vai a luta, que brilha em
dias escuros,
que desbrava mares do machismo e do
preconceito,
que da vida a novas vidas e semeia o
afeto por ai
Que cuida de longe ou de perto,
que sempre abre os braços e o coração
para mais um.
Fiel escudeira, amiga para todas as
horas,
várias faces de um só pessoa uma só heroína.
Eu você nós mulheres
-Tati Zanella
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